quarta-feira, 27 de maio de 2009

CEMITERIO DA COLONIA


A PRESERVAÇÃO E A HISTÓRIA DE UM MONUMENTO RESTAURADO

Localizado no bairro Colônia a 45 km do marco zero da cidade que fica na Praça da Sé, no extremo sul da cidade de São Paulo e fundado em 29 de junho de 1829, o cemitério da colônia passou por períodos de depredação e de restauração, hoje é administrado pela Associação Cemitério dos Protestantes que preserva a parte antiga tombada pelo patrimônio histórico.


Denise Fernandes de Lima escrituraria e responsável pelo acervo relata alguns fatos interessantes, desde que foi inaugurado em 29 de junho de 1829.

Com a chegada dos colonos alemães de aproximadamente 100 famílias na pequena vila colônia, localizada no extremo sul de São Paulo, “foi necessário à construção de um cemitério”, diz Denise, e logo na inauguração houve uma resistência pelo então Padre da região, que não sepultassem pessoas de outras religiões. Após alguns debates ficou estabelecido que dividissem o cemitério em duas partes. Uma para católicos e outra para seguidores de outras religiões.
Nos anos 70 o cemitério é abandonado e fechado, os alemães já eram poucos na pequena vila, por conta da miscigenação racial durante os anos e com a chegada de japoneses e outros povos por ali.

“Durante quase três décadas quando permaneceu fechado o vizinho conhecido por Mizão, tinha uma chave do cemitério e cuidava vindo aqui de vez em quando”, diz Denise, na reabertura do cemitério em 27 de outubro de 2001 pela Associação Cemitério dos Protestantes, como reconhecimento pelos trabalhos prestados deu à Mizão, um túmulo de três gavetas, que entraria para a história como parte do acervo, entretanto com o falecimento de seus três filhos nos anos seguintes, seu túmulo ficou completo e quando Mizão vem a falecer em 2007 é sepultado em um túmulo emprestado pela Associação.

A partir de 2001 com a nova administração do cemitério passa a ter uma parte tombada pelo Patrimônio Histórico e outra parte a ser comercializada pelo Serviço Funerário de São Paulo.

Guilherme Reimberg, diz, “sou descendente dos colonos alemães que se misturou com os caboclos da região” (no sentido de misturas de raças), ele diz ter ficado muito triste com o abandono do cemitério por quase 30 anos, que agora sim, está orgulhoso de sua família fazer parte de um monumento tão importante para complementar à história da cidade.


O túmulo de Antonio Vieira Machado guarda uma curiosidade, ele era funcionário de uma família alemã, “como gratidão pelos serviços prestados o sepultaram em um túmulo da própria família”, conta Denise. E ao questionar sobre a casinha que aparece na foto acima, “era um túmulo que por conta do vandalismo foi desativado” diz ela, já serviu de abrigo ao cão de guarda do cemitério, que agora abriga algumas cruzes e material tumular.

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