domingo, 31 de maio de 2009

DIPLOMA DE JORNALISMO

ARTIGO: DIPLOMA DE JORNALISMO
Antonio Sousa Espindola

Uma discussão sem precedentes promete ainda contrariar muitos e agradar outros na sociedade. De um lado os antigos jornalistas de renome, defendem a não obrigatoriedade do diploma de jornalismo, apoiado por grandes empresas jornalísticas que não querem abrir mão da experiência desses profissionais.

Seria uma catástrofe impedir antigos bons jornalistas, que muito ensinam as novas gerações de exercer sua tarefa de prestação e informação com exatidão diante dos fatos.
Por outro lado os milhares de alunos que buscam capacitação através do aprendizado temem terem seu diploma desvalorizado diante desse tema.
A exigência da graduação para o exercício da profissão de jornalismo foi estabelecida pelo decreto-lei 972 em 17 de outubro de 1969 e em outubro de 2001 foi concedida uma liminar contra o requisito do diploma específico, deixando uma sensação de banalismo da profissão.

Mas o que vale mesmo é a capacidade de produzir uma matéria com seriedade, buscando sempre a transparência para que o leitor não fique descrente do profissional, da mesma forma que existem profissionais que não possuem uma formação graduada e exercem seu trabalho com seriedade e compromisso com a ética profissional, existem também centenas de profissionais com diplomas exercendo outras linhas de trabalhos, por não terem capacidades de exercerem o que foi previamente escolhido, ou seja, estudaram mas não assimilaram a profissão. Existem também os jornalistas formados com capacidades, mas com falta de colocação no mercado de trabalho até mesmo por conta desta metamorfose da era digital.
Com a nova era e um provável fim do jornal impresso, ficam todos com uma sensação de não saber exatamente para onde seguirão com exercício profissional no âmbito da informação, é necessário que todos com a obrigatoriedade ou não do diploma procurem mostrar a massa o que realmente eles querem saber, a verdade.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

CEMITERIO DA COLONIA


A PRESERVAÇÃO E A HISTÓRIA DE UM MONUMENTO RESTAURADO

Localizado no bairro Colônia a 45 km do marco zero da cidade que fica na Praça da Sé, no extremo sul da cidade de São Paulo e fundado em 29 de junho de 1829, o cemitério da colônia passou por períodos de depredação e de restauração, hoje é administrado pela Associação Cemitério dos Protestantes que preserva a parte antiga tombada pelo patrimônio histórico.


Denise Fernandes de Lima escrituraria e responsável pelo acervo relata alguns fatos interessantes, desde que foi inaugurado em 29 de junho de 1829.

Com a chegada dos colonos alemães de aproximadamente 100 famílias na pequena vila colônia, localizada no extremo sul de São Paulo, “foi necessário à construção de um cemitério”, diz Denise, e logo na inauguração houve uma resistência pelo então Padre da região, que não sepultassem pessoas de outras religiões. Após alguns debates ficou estabelecido que dividissem o cemitério em duas partes. Uma para católicos e outra para seguidores de outras religiões.
Nos anos 70 o cemitério é abandonado e fechado, os alemães já eram poucos na pequena vila, por conta da miscigenação racial durante os anos e com a chegada de japoneses e outros povos por ali.

“Durante quase três décadas quando permaneceu fechado o vizinho conhecido por Mizão, tinha uma chave do cemitério e cuidava vindo aqui de vez em quando”, diz Denise, na reabertura do cemitério em 27 de outubro de 2001 pela Associação Cemitério dos Protestantes, como reconhecimento pelos trabalhos prestados deu à Mizão, um túmulo de três gavetas, que entraria para a história como parte do acervo, entretanto com o falecimento de seus três filhos nos anos seguintes, seu túmulo ficou completo e quando Mizão vem a falecer em 2007 é sepultado em um túmulo emprestado pela Associação.

A partir de 2001 com a nova administração do cemitério passa a ter uma parte tombada pelo Patrimônio Histórico e outra parte a ser comercializada pelo Serviço Funerário de São Paulo.

Guilherme Reimberg, diz, “sou descendente dos colonos alemães que se misturou com os caboclos da região” (no sentido de misturas de raças), ele diz ter ficado muito triste com o abandono do cemitério por quase 30 anos, que agora sim, está orgulhoso de sua família fazer parte de um monumento tão importante para complementar à história da cidade.


O túmulo de Antonio Vieira Machado guarda uma curiosidade, ele era funcionário de uma família alemã, “como gratidão pelos serviços prestados o sepultaram em um túmulo da própria família”, conta Denise. E ao questionar sobre a casinha que aparece na foto acima, “era um túmulo que por conta do vandalismo foi desativado” diz ela, já serviu de abrigo ao cão de guarda do cemitério, que agora abriga algumas cruzes e material tumular.

domingo, 17 de maio de 2009

JORNALISMO COLABORATIVO

JORNALISMO COLABORATIVO

Existe um grande debate para saber até onde podemos confiar no jornalismo colaborativo.

Um dos exemplos mais assustador foi a publicação da UOL, quando ocorreu o acidente da TAM em São Paulo.

O assunto ainda promete muitas divergências, pois existem casos do jornal errar o e o leitor mandar a correção.

Como podemos ver a idéia de um leitor de Pernambuco, de uma maneira geral o jornalismo colaborativo é sim uma boa ferramenta, mas tem que haver jornalistas experientes para conferir, analisar, checar, antes de mandar a matéria à massa.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

VIRADA CULTURAL-5


São Paulo, 7 de Maio de 2009

Virada Cultural e sua quinta Edição
No último dia 2 aconteceu em São Paulo a 5º edição da Virada Cultural, com mais de 800 espetáculos espalhados por 150 pontos da cidade, com a presença de artistas como os Panteras, Benito Di Paula, Wanderley Cardoso entre outros

Sábado 2 de Maio São Paulo parou, recebeu em 24 horas um público estimado em 4 milhões de pessoas, sendo 500 mil a mais que a edição de 2008.
No palco Toca Raul, um boneco de Raul Seixas, com mais de dois metros de altura foi o mestre de cerimônias. O show teve início com a banda, Os Panteras, com quem Raul iniciou sua carreira em 1967, cantando “Sonho que se sonha só”, a galera foi ao delírio. Raul Sousa, de 21 anos, estava ansioso, “minha mãe colocou meu nome em homenagem a Ele, adoro as canções de Raul”, disse o rapaz.
Na Avenida São João a multidão acompanha as canções de Jon Lori e orquestra Sinfônica Municipal, enquanto Fruto Proibido (1975) Tutti-Frutti mandava um rock na Praça da República.
Pessoas não paravam de chegar rapidamente e ocupando as ruas do centro, na Rua Xv de Novembro o DJ Adriano PS enlouquecia a galera com música eletrônica, no Viaduto do Chá o trânsito quase não andava, mas dessa vez de pedestres que apreciavam as estátuas vivas, muitos se utilizavam do viaduto para apreciar os espetáculos de dança no Anhangabaú, como Ágape-Sopro e Cia de Dança entre tantos.

Uma das estátuas vivas era do “Shurek”, representado por Francisco Diógenes, de 47 anos, “adoro ver as pessoas felizes, principalmente as crianças”, diz ele. Muitos anônimos roubavam a cena, como alguns índios na Rua Barão de Itapetininga, mas em troca de algumas moedas. Em frente à Faculdade de Direito no Largo São Francisco, a música eletrônica animava o público como Marcelo Castro, de 25 anos, na foto “estou adorando é a primeira vez que venho a São Paulo curtir a Virada Cultural”, disse Marcelo Castro, que mora em Campo Grande (MS).

No domingo, muito lixo espalhado e forte cheiro de urina por todo lado e muita reclamação das pessoas, o turista de Guiné-bissau (África), Alves de Aquino, de 44 anos, elogiou a iniciativa do evento, mas deixou seu recado, “é necessário ter mais banheiros e uma coleta mais adequada de lixo”. Os organizadores afirmam que as reclamações desta edição servirão para melhorar a Virada Cultural de 2010. Mas a festa não para, CPM 22 já animava a manhã na Praça da República com muito Rock, já no palco do Largo do Arouche, Bartô Galeno levanta o público com muita música brega.

No Vale do Anhangabaú um espetáculo com uma máquina retro escavadeira, ao som de música clássica, deixou a multidão perplexa como o estudante Emanuel Salles, de 25 anos, “muito diferente de tudo que já vi”, diz ele. O forró universitário animava público na Avenida São João, em cima de uma caminhoneta, o Trio Nordestino tocava canções de Luiz Gonzaga como ,“Ovo de Codorna, Asa Branca”, entre outras. Segundo um dos colaboradores do evento, Fábio Marques, 43 anos, “esse ano está mais animado”, disse ele comparando à Edição anterior da Virada Cultural.
Segundo os organizadores, como todo evento nessa proporção, alguns imprevistos foram apurados, como um furto e algumas brigas, por conta do consumo exagerado de bebidas alcoólicas. O “Rapa” GCM (Guarda Civil Metropolitana), apreenderam cervejas e um carrinho de pipoca dos ambulantes, com princípio de agressão partindo dos guardas, que só não piorou por conta da multidão ali presente, na Avenida São João, “tenho outro carrinho em casa”, disse o pipoqueiro Marcelo Mendes de 53 anos.
A tarde chega e com ela o final do evento, Wanderley Cardoso fecha no palco do Largo do Arouche e finalmente na Avenida São João um dos shows mais esperados, Maria Rita canta para aproximadamente 8 mil pessoas que prestigiaram e ovacionaram muito, até as 19h35.